Endometriose: saiba mais sobre essa doença

Endometriose e saúde da mulher

Endometriose: saiba mais sobre essa doença

Ao longo de sua vida, o corpo das mulheres passa por intensas mudanças que possibilitam a gestação e são reguladas por alguns hormônios. E muitas, tem o sonho de se tornarem mães e sabem que sua vida reprodutiva tem um final, que é marcado pela entrada na menopausa.

Mas, algumas condições, como a endometriose, que recentemente ganhou destaque em muitos canais de comunicação, podem privá-las de realizar este sonho. Afinal, esta doença, que atinge 1 em cada 10 mulheres no Brasil, pode levar à infertilidade.

Diante disso, preparamos uma matéria incrível para você, onde abordamos o que é a endometriose, seus sintomas e como ela impacta na qualidade de vida das mulheres.

O que é a endometriose?

A endometriose, como o nome sugere, é uma doença que acomete a camada interna do útero, o endométrio. Durante o ciclo menstrual, os hormônios estrógeno e progesterona contribuem para o crescimento e manutenção desta camada, o que permite sustentar a gestação.

Caso não ocorra a fertilização do óvulo, o endométrio descama e os vasos sanguíneos que se formaram na fase folicular do ciclo menstrual se rompem, e ocasionando a menstruação.

Porém, em alguns casos, as células que compõem o endométrio migram para outras regiões do corpo da mulher, como os ovários e a cavidade abdominal. Porém, em casos mais graves da doença, essas células também podem se direcionar para regiões mais profundas.

E, com o início do ciclo menstrual, estas células passam por todas as suas mudanças características (multiplicação e descamação), causando fortes dores às mulheres.

Quais são os seus sintomas?

Os principais sintomas da endometriose incluem cólicas menstruais intensas, dores crônicas na região pélvica e durante a relação sexual. No entanto, algumas mulheres também podem apresentar cistos ovarianos, dor ao urinar, dor e sangramento ao evacuar.

Conforme a doença evolui, também podem ocorrer adesões entre os órgãos pélvicos e abdominais que impactam negativamente a qualidade de vida dessas mulheres e podem contribuir para o desenvolvimento de estresse crônico, depressão e ansiedade.

Além disso, mais de 50% das mulheres diagnosticadas com endometriose apresentam dificuldade para engravidar ou são inférteis. Isso pode estar relacionado às alterações anatômicas, à redução da reserva ovariana, à menor receptividade do endométrio e à inflamação crônica.

E apesar de uma relação controversa, alguns estudos também sugerem que a endometriose contribui para o aumento do risco de desenvolver câncer de ovário.

Diagnóstico e tratamento

Como você pôde perceber, o impacto desta doença na saúde feminina vai muito além do comprometimento da função reprodutiva e interfere, inclusive no bem-estar físico, psicológico e social da mulher.

Afinal, as intensas dores que essas mulheres possuem podem limitar a execução das atividades do dia a dia. E, além do próprio estigma, as mulheres precisam lidar com o julgamento alheio dos colegas de trabalho, da família, dos parceiros entre outros. E esses fatores podem contribuir para o diagnóstico tardio da doença, levando ao agravamento da doença e à piora dos sintomas.

Para a confirmação do diagnóstico de endometriose, é necessário realizar um procedimento cirúrgico, biópsia e estudo do material coletado. No entanto, a partir do diagnóstico clínico (baseado nos relatos da paciente) e exames de imagem já é possível suspeitar da doença.

E o tratamento, muitas vezes envolve o uso de pílulas anticoncepcionais, medicamentos que reduzem a dor ou diminuem os sintomas. Mas, o procedimento cirúrgico (laparoscopia), ainda é considerado o padrão ouro para o diagnóstico e o tratamento da doença.

Estes fatores reforçam a importância da visita anual das mulheres aos ginecologistas e ainda, traz a tona a relevância de se desenvolver estudos que busquem compreender a doença, identificar novas formas de diagnóstico e tratamentos.

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Referências científicas:

Ellis K, Munro D, Clarke J (2022). Endometriosis is undervalued: a call to action. Frontiers in Global Women’s Health.

Márki G, Vásárhelyi D, Rigó A, Kaló Z, Ács N, Bokor A (2022). Challenges of and possible solutions for living with endometriosis: a qualitative study. BMC Women’s Health.

Sims O. T, Gupta J, Missmer S. A, Aninye I. O (2021). Stigma and endometriosis: a brief overview and recommendations to improve psychosocial well-being and diagnostic delay. International Journal of Environmental Research and Public Health.

Linkagem:

entrada-na-menopausa: https://www.curahomecare.com.br/perimenopausa-informacoes-cientificas-sobre-essa-fase-da-vida-da-mulher/

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